Conhecimento e adesão dos profisssionais de saúde às medidas de biossegurança frente ao potencial risco de contaminação ocupacional pelo HIV.

Edital/Chamamento: 
Pesquisas Científicas - Abr/2002
Número do Projeto: 
645/2002

Pesquisador(es)

Pesquisador(es) Responsável(eis): 
Anadergh Barbosa de Abreu Branco

Instituição

Instituição: 
Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Saúde Coletiva.
Parcerias institucionais: 
.
Período de Vigência: 
2002 - 2003
Situação: 
Concluída

Introdução e Justificativa

Este estudo propôs-se a avaliar a biossegurança estabelecida pelas unidades de saúde do Distrito Federal para o manuseio de material potencialmente infectante (HIV); identificar o nível de conhecimento dos profissionais de saúde do DF em relação às medidas de biossegurança a serem adotadas no manuseio de material potencialmente infectante (HIV), bem como os procedimentos a serem seguidos em caso de acidente envolvendo esses materiais. Os dados foram armazenados e analisados quantitativamente em programa Microsoft Access e passaram por análise qualitativa baseada na legislação vigente e na literatura científica.

Objetivos

Avaliar as medidas de biossegurança instituídas para o manuseio de material biológico potencialmente contaminado por HIV; Identificar as medidas de segurança instituídas pelas unidades de saúde para o manuseio de material biológico potencialmente contaminado por HIV; Verificar o grau de adesão dos trabalhadores de saúde às medidas instituídas pelos hospitais; Analisar o grau de conhecimento dos profissionais de saúde acerca das medidas de biossegurança no manuseio de material biológico potencialmente contaminado por HIV.

Materiais e Método

Trata-se de estudo epidemiológico, do tipo inquérito transversal. Foram listados todos os hospitais públicos e realizada seleção aleatória da amostra, estratificada pelo porte do hospital, da seguinte forma: um hospital de grande porte (>300 leitos); dois de médio porte (100-200 leitos); três de pequeno porte (

Resultados - Parciais ou Finais

O coeficiente de acidentabilidade foi inversamente proporcional ao porte do hospital; Os profissionais de saúde do sexo masculino acidentaram-se mais do que os do sexo feminino, bem como as categorias cirurgião dentista, médico e técnico de laboratório; Treinamentos com conteúdos sobre biossegurança não interferiram positivamente na diminuição de acidentes. Não houve relação positiva entre o conhecimento e a adesão quanto ao uso de EPI. Os profissionais que mais relataram acidentes com material perfurocortante foram: cirurgião dentista (64,3), médico (47,8) e técnico de laboratório (46,0), em contrapartida à categoria farmacêutico bioquímico (17,6). Os profissionais de saúde com maior tempo de serviço se acidentaram mais, à exceção dos médicos que apresentaram uma relação inversa, ou seja, aqueles com menor tempo de serviço apresentaram um maior coeficiente de acidentabilidade. O coeficiente de acidentabilidade foi maior entre os profissionais de saúde que afirmaram conhecer todas as normas. Em linhas gerais, a relação negativa entre o conhecimento e a adesão dos profissionais de saúde demonstra a necessidade de uma abordagem mais efetiva perante esses profissionais.
Palavras-Chave: 
Biossegurança. Profissionais de saúde. HIV. Acidente de trabalho. Material biológico. Medidas de proteção.

Divulgação e/ou Publicações

CAIXETA, R.B. Biossegurança em Aids: Conhecimento e Adesão dos profissionais de saúde em hospitais do Distrito Federal. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Saúde, Universidade de Brasília, 2003.

CAIXETA, R.B.; BARBOSA-BRANCO, A. Acidente de trabalho com material biológico, em profissionais de saúde de hospitais públicos do Distrito Federal, Brasil, 2002/2003. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.21, n.3, p.737-746, Maio-Jun. 2005.

__. Acidente de trabalho com material biológico, em profissionais de saúde de hospitais públicos do Distrito Federal, Brasil, 2002/2003. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA, 7., 2003, Brasília.

__. Acidente de trabalho com material biológico, em profissionais de saúde de hospitais públicos do Distrito Federal, Brasil, 2002/2003. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA, 7., 2003, Brasília. Proceedings... Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 2003. v.8, sup. 2, p.432.