Protocolo colaborativo multicêntrico brasileiro para avaliar as taxas de transmissão materno-infantil do HIV em filhos de mulheres com diagnóstico da infecção pelo HIV realizado antes, durante ou até seis meses após o parto.

Edital/Chamamento: 
Estratégico
Número do Projeto: 
60/2004

Pesquisador(es)

Pesquisador(es) Responsável(eis): 
Regina Célia Menezes Succi

Instituição

Instituição: 
Associação Grupo de Apoio à Criança com Aids.
Parcerias institucionais: 
Universidade Federal de São Paulo (Disciplina de Infectologia Pediátrica, Departamento de Pediatria).
Período de Vigência: 
2004 – 2005
Situação: 
Concluída

Introdução e Justificativa

Estudo retrospectivo da revisão de prontuários que teve por objetivo conhecer e analisar a taxa real de transmissão vertical do HIV (TMI do HIV) em 18 centros de diferentes regiões do território brasileiro, nascidas no período compreendido entre os meses de janeiro de 2003 a dezembro de 2004. A taxa de transmissão materno-infantil do HIV no período estudado e em todo o País foi de 7,01%, sendo de 7,1% no ano de 2003 e 6,8% no ano de 2004. As maiores taxas de TMI do HIV foram encontradas na região Norte (13,4%) enquanto nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul essas taxas foram, respectivamente, de 7,7%, 4,3%, 7,6% e 5,6%. As taxas de TMI foram maiores entre as crianças nascidas de mães que não fizeram acompanhamento pré­natal e naquelas que receberam aleitamento materno.

Objetivos

Avaliar a taxa de transmissão vertical do HIV em serviços brasileiros que atendem crianças nascidas de mulheres infectadas pelo HIV; Avaliar fatores associados com a transmissão materno-infantil do HIV e os métodos utilizados para prevenir a transmissão do HIV da mãe para o filho nos diferentes serviços.

Materiais e Método

Estudo retrospectivo de revisão de prontuários de 18 serviços localizados nas cinco regiões do País, com a seguinte distribuição: 2 serviços na região Norte (82 casos), 4 na região Nordeste (286 casos), 2 na região Centro-Oeste (139 casos), 7 na Região Sudeste (540 casos) e 3 na Região Sul (465 casos). Os pesquisadores participantes preencheram o instrumento de coleta construído para o estudo, no qual eram registrados os dados referentes às mães e crianças. O estudo compreendeu crianças nascidas nos anos de 2003 e 2004 de mães sabidamente soropositivas para o HIV, cujo diagnóstico da infecção tenha sido feito antes do parto, no momento do parto ou nos primeiros três meses após o parto. Os dados foram colocados em banco de dados adequado e analisados por estado, região e ano de nascimento.

Resultados - Parciais ou Finais

Foram incluídas 1.512 crianças nos dois anos estudados, das quais 106 estavam infectadas pelo HIV, o que determinou uma taxa de transmissão materno-infantil do HIV (TMI do HIV) de 7,01% (CI 95%: 5,7% – 8,3%). A TMI do HIV foi diferente segundo o ano de nascimento das crianças estudadas: 7,15% no ano de 2003 e 6,84% no ano de 2004. As TMI do HIV foi de 13,4% na Região Norte, 7,7% na Região Nordeste, e nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul essas taxas foram, respectivamente, de 4,3%, 7,6% e 5,6%. As taxas de TMI foram maiores entre as crianças nascidas de mães que não fizeram acompanhamento pré­natal e naquelas que receberam aleitamento materno.
Palavras-Chave: 
HIV. Transmissão vertical. Crianças.

Divulgação e/ou Publicações

SUCCI, R.C.M. Grupo de Estudo da TMI do HIV da SBP. Transmissão vertical do HIV no Brasil em 2003 – 2004. Resultado preliminar de um estudo colaborativo multicêntrico. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE INFECTOLOGIA PEDIÁTRICA, 14., 2005, Foz do Iguaçu.