Pesquisador(es)
Pesquisador(es) Responsável(eis):
Maria Inês Batistella Nemes
Instituição
Instituição:
Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Preventiva.
Homepage:
Parcerias institucionais:
.
Período de Vigência:
2002 - 2003
Situação:
Concluída
Introdução e Justificativa
Trata-se de uma pesquisa avaliativa que objetivou medir e analisar a adesão ao tratamento anti-retroviral em ambulatórios do sistema público de saúde que apresentem diferentes padrões de qualidade da assistência (segundo a análise prévia da qualidade dos serviços realizada na pesquisa “Avaliação da qualidade da assistência ambulatorial nos serviços públicos de atenção à aids no Brasil”). A principal finalidade deste projeto foi a de avaliar fatores relacionados à adesão, entre eles os da qualidade dos serviços, de modo a contribuir para otimizar as intervenções de aprimoramento da adesão ao tratamento e da qualidade da assistência.
Objetivos
Estimar o risco para não-adesão segundo características tecnológicas e de qualidade dos serviços; Estimar o risco para não-adesão segundo características relacionadas com o indivíduo e com o tratamento.
Materiais e Método
Foram entrevistados 1.972 pacientes provenientes de 322 serviços localizados em 7 estados brasileiros. Foram considerados aderentes todos o que tomaram 95% ou mais do total de comprimidos que deveriam ser ingeridos nos 3 dias que antecederam a entrevista.
Resultados - Parciais ou Finais
A taxa de aderência obtida foi de 73%. Foram analisadas variáveis relacionadas às características do tratamento, do paciente e dos serviços. Em relação ao tratamento, foi constatado que regimes complexos são preditores de não-aderência (o número de pílulas é um preditor que combina questões também relacionadas ao regime a ao tempo de tratamento). Sexo, idade, nível educacional e risco de transmissão (hetero/homo/usuários de drogas) utilizadas como variáveis do paciente. O nível educacional abaixo de dois anos de escolaridade formal foi o único preditor de não aderência. Também houve um pequeno efeito protetor da idade, entre os maiores de 45 anos. Em relação aos serviços, as taxas de adesão obtidas foram semelhantes entre serviços dos estados menos e mais desenvolvidos. Os serviços pequenos, com menos de 100 pacientes de aids, mostram maior risco de não-adesão.
Palavras-Chave:
Adesão do paciente ao tratamento da aids.
Divulgação e/ou Publicações
NEMES, M.I.B.; CARVALHO, H.B.; SOUZA, M.F.M.S. Anti-retroviral therapy adherence in Brazil. AIDS, v.18, suppl 3, p.S15-20, 2004.
NEMES, M.I.B. et al. Evaluation of Brazilian AIDS Program: HAART adherence and quality of care. In: INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 15., 2004, Bangkok. Proceedings... Bangkok: International AIDS Society, 2004. v.2, p.51.
NEMES, M.I.B. et al. Evaluation of Brazilian AIDS Program: HAART adherence and quality of care. In: INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE, 15., 2004, Bangkok. Proceedings... Bangkok: International AIDS Society, 2004. v.2, p.51.